17 de ago. de 2012

Olhos de amor

Choras minha pequena. Prometo que não importarei em ser teu ombro esta noite. Você precisa transborda, precisa deixar que escorra. Pare de controlar, vai. Deixe que escape, deixe que as coisas simplesmente assumam seu rumo, que fujam do controle. Pare de tentar controlar, pare de tentar persuadir a ilusão e mascarar a própria mentira. Por que não deixe que a gente se leve, eu e você balançando aqui, quedas e tapas, boiando nesse mesmo barco ou no mesmo abismo? Na verdade, tanto faz! É que minha linda, eu sempre vou estar com você independente da profundidade do poço, independente do que nos espera lá em baixo.

Por que você é assim?

Você é mais um entre tantas mentiras. Você briga, ignora e eu aguento, finjo que não percebo. Você não liga, escuta ou muito menos entende. Eu te compreendo, te dou as minhas mãos e guardo suas dores. Você joga-me ignorância como se isso não cortasse. Acostumei-me a deixar cair, deixar-me destronada entre você. É doendo e amando, ouvindo o que não desejaria, fingindo… Como sempre, fingindo! Sua rusticidade, sua pouca importância para mim… Eu apenas carrego, continuo alto perdendo-me, perdendo-me da moral apenas para amar você. Apenas para estar ao teu lado, mesmo que isso doa, mesmo que eu finja que não doa. Mesmo que isso possa me matar.

Thayse Cristina

Existem milhões de formas para dizer toda sua importância para mim. Você é minha estrela, minha guardiã, á que brilha por mim, que não me abandona de antes das lutas. Garota dos sorrisos escondidos, do olhar insensato e dos abraços maternos. Mãe de coração. Vou te guardar no fundo do peito, bem no fundo mesmo, para não correr riscos de transborda, de você escapar de mim. Eu posso deixar que o silêncio nos afaste, posso deixar que a distância preguiçosa nos impeça de reencontrar, mas é a promessa que nunca deixarei de fazer-lhe. 
 
Dizem que o ódio é a principal fonte para amar alguém. A gente se odiava, éramos controversas e cheia de “porém e porquês”. O principio era se odiar, sem saber quem se era… Lembro-me como realmente foi um dia bem distante: “Nada de se odiar, vamos tentar ser legal uma com a outra?” E foi por essa falsidade que nos tornamos amiga. Amiga é pouco: Irmãs. Irmãs das lutas, irmãs de vida e de paixões. Ah, tenho que dizer-lhe que tinhas meu total respeito, por ser a garota que não se importava para o que outros diziam e apesar da pose de durona, eu te vi chorar, apesar da pose você era frágil e se quebrou tantas vezes como vidro, que tive que te ajudar a juntar-se sem medo de me cortar do seu próprio mal. Você como ninguém me conheceu tão profundamente que tenho medo, e com você minha amiga, sei que posso ser a incógnita de mim, sempre. 

A saudade não deixa que a gente se trace diariamente, a saudade nos distância… A saudade se tornou uma mau em nossas vidas. Quero você para sustentar minhas grosserias, para abraçar-me nos olhares distantes, quero você para a palavra amiga diante das minhas paixões. É pedir muito meu anjo, novamente seu companheirismo?

São tantas palavras pra tanta falta. Falta que não abandona esse coração. Um dia meu irmão disse-me umas palavras que se prendeu em minha cabeça por um tempo. “Às vezes a gente não precisa de um amor, de uma paixão ardente para se tornar alguém melhor ou para viver. Às vezes a gente só precisa da companhia de quem nós faz bem, e nos faz lembrar-se do por que da vida ser tão bom e aventureira”
Amigo às vezes é isso… Alguém pra te segurar, te derrubar, cair e sustenta contigo toda esses desvios que a vida provoca. Mas amigos também são pra porres, risadas, aventuras e momentos. Ah, os momentos que nunca hão de se passar. Como os meus todos esses anos com você irmã, minha marmita, minha marmota, você mora aqui, bem no fundo do meu pequeno coração.

Véspera de medo

Um dia para se quebrar. 

Vaga lembrança de um olhar. Moça sem rumo, moça dos cabelos grisalhos e voz gentil, dona dos olhares imaturos. Olhinhos com cores de mel, desabotoado dentro da desesperança em si mesma. 

Querida despedida aqui esta “Até algumas horas” pouco tempo para que seja lida. Qualquer carta em branco, compreendida por qualquer vagão dentro dessas mentes hipócritas. Quem será capaz de dar as saudosas misericórdias da minha alma? Alegrias duram pouco, tristeza é parasita dentro de qualquer coração incompreendido.

Preciso de sentimentos ásperos, que me consomem por dentro e me faça vomitá-los para fora. Preciso de frases pesadas para curar-me dos clichês que inventei para mim. Curar-me de mim mesma, curar de alguém que (des)fui, comecei e abandonei  trilhões de vezes.

Não é escrever que alivia, é escrever que dói. Dói escrever. É encarar, é ver a verdade sendo expulsa para fora…  Não quero vê-la, não quero lê-la. Não quero encarar alguém que não pedi para ser. Quem é essa hospedeira afinal? Quem é essa garota que se habitou em mim? Quem é você que fala tanto e no silêncio se torna um livro? Quem é você que não diz nada e já me diz tanto?

Está aberto um convite, seja meu medo. Seja meu subúrbio desespero. Aceite esse convite hospedeiro e seja minha vida enquanto existirem clichês, seja meu enquanto eu não esgotar. Aceite e não pergunte o porquê, só me pegue para você e deixa que os laços sejam costurados.
Seja dono do meu corpo, seja dono dos lábios entrelaçados, seja dono das inspirações e póstumo desse ser que não sei que é.

Hoje eu preciso te encontrar de qualquer jeito...

Caí novamente de paraquedas entres seus braços. Eu que pilotei tão bem este avião para longe de você. Deixei que o peito estourasse de amor e desabasse todo entre saudades infinitas. Esse amor tão bem guardado no fundo transborda agora para fora depois de vê-lo novamente. E você me volta com o mesmo sorriso esnobe e maravilhoso, me olhando com esses olhos de escassezes - os mesmos olhos de quando lhe disse adeus. Os mesmo olhos doidos quando lhe disse que precisava voar, para bem longe de quem me fazia sofrer.

Agora eu caio novamente. Rasgo-me por dentro e tenho essa vontade de voltar pra tomá-lo para mim e nunca mais - escutou? - te perder. Por que preciso canta-lhe canções de amor, citar poesias e amá-lo novamente, como seu nunca tivesse existido um fim. (Como se nunca houvesse machucado)

Ah, eu queria hoje te dizer que você ainda é dono do meu amor. Queria te dizer que você nunca saiu dos meus pensamentos, que meus dias não existiram razão desde que você se foi, fui constantemente vivendo na mesmice sem os teus abraços, sem tuas promessas fáceis, sem tuas palavras maliciosas. E eu que nunca pensei que logo estaria aqui escrevendo de saudades de você, que sempre estaria radiando dentre este amor que prometemos nunca acabar. Perdi-me nessas desesperadas linhas tristonhas… Já não sei que palavras eu sou.  Eu sei que esse amor ainda me arde, que ainda te arde… Esse amor que por mais que me devora o peito, não possa ter nunca mais.

Você é linda

Não, não pode ser assim… E eu se tivesse uma chance… Uma única chance para dizer em frete a todos que o teu beijo mexeu comigo. Que teus olhos cor de mel, não me saem dos pensamentos. Se eu pudesse diria para todos que eu amo uma mulher. Eu neguei por que achei que seria mais fácil esse sentimento não existir. Esse sentimento que consome o peito. Queria não ser a prioridade, que você não roubasse meus pensamentos como se fosse uma coisa normal de se fazer. Eu não queria assumir que estava totalmente possuída pelos teus olhares, por que eu não poderia permitir-me apaixonar por você.

Então hoje eu resolvi escrever e contar-lhe que não sei se é paixão, nem se é uma loucura imediata. Mas preciso dos teus lábios, preciso do teu perfume impregnado em minha pele. Por que garota, você me deixa louca. Mas louca mesmo por ter tua boca sobre a minha. Tua boca que parecia droga a me chamar para ser experimentada.

Olhares humanos

Tem coisas que não vou admitir nunca, e nem adianta pestanejar, implorar e muito menos dramatizar. Gosto do meu silêncio, eu sou feita de palavras avulsas. E se minha mudez o incomoda, é melhor ir embora. Eu nunca pedi para que você fosse capaz de me entender, nunca disse que séria educada e diria sim com um sorriso nos lábios, forçando simpatias e falsas bondades. Eu tenho um pingo de maldade no coração, às vezes me torno um gelo que nada e nem se quer uma lágrima do seu orgulho é capaz de convencer-me do contrário. Entendeu? Não tente me compreender, você enfrentara o impossível e voltara para a estaca zero. É só um conselho, a escolha de ficar no final será sua.

É que eu cansei de pedir desculpas. Desculpas que não deveria partir da minha consciência. Ai, é tudo uma questão “Será que a consciência não pesa?”. Só eu sei quantas vezes pedi perdão para erros alheios, pedi perdão para culpas alheias… Mas eu cansei de falsas honestidades, falsas compreensões, cansei de ter medo de perder as pessoas, de pular e machucar até ao abismo para não resgatar essas pessoas; Cansei de dar-lhe gostinho nas bocas que não mereciam meu beijo. Cansei simplesmente de estar cansada de não mexer-me e ser capaz de virar as costas. É que eu sempre precisei fazer isso, virar-me. Todavia, nunca tive a coragem para deixar as “falsas pessoas” que guardei para mim; as “falsas pessoas” que em uma “falsa vida” acreditou que seriam recíprocas prioridades. Enganei-me. Essa é a moral da vida. Enganar-se com essas pessoas que falam ilusão.

Um homem vivido e qualquer me disse certa vez que o melhor amigo de uma pessoa somos nós mesmos e jamais tirarei sua razão. Quem me entenderá e ficara do meu lado do que eu mesmo? Sempre achei que aquela frase de bêbedo “eu e eu mesmo, mas ninguém” era papo de solidão, mas é a pura reciprocidade da vida, ninguém será capaz de fazer-lhe sentir tão bem do que você mesmo. Não é isso que dizem “a mente humana é poderosa” vire amigo imaginário de si próprio, a mente te ensinara ver as pessoas com olhos de maldade.

Por favor, garota, você achou mesmo que os olhares humanos não eram infernos de venenos e malicias? Esta na hora de perder a ingenuidade. O mundo não irá parar por que você é mais meiga, mais gentil e mais educada. O ser humano gosta da bondade para sugá-la e esconder-se atrás destas pessoas. O ser humano é um verdadeiro vampiro, gosta de sugar a vida alheia. O mundo se tornou mundo por que as pessoas mais poderosas precisaram matar suas ingenuidades para chegar a onde estão. O mundo se torna mundo não pela paz, ele se torna mundo quando as pessoas se permitem passar por cima do que for para conseguirem autoestima própria.