2 de mar. de 2012

Preciso de perdão para morrer

Estou prestes a cair, preste a morrer dentro de mim. Por onde se esconde todas as razões, a onde estas todas as verdades e explicações? Estou errada, estou completamente desnorteada. Já não sei onde procurar por vestígios meus, dos sorrisos e piadas.

A melodia é verdadeira, os olhares são puros, e tudo que transparece em mim é vago, sem rumo e organização. Já não tenho tanta vontade de sair, não tenho meu espírito a dançar, ele quer se quieta; ouvir música e deitar sobre o sofá. Desligar-se e chorar.  Minha cabeça ainda funciona igual, igual para as recordações, e ainda descubro que sempre fui fonte das palavras erradas, mal ditas nas horas incertas.Todas as formas de felicidades que encontrei, eu as matei. Todavia, eu seja errante… Errante constantemente. Não mereça amor. Mesmo alguns vindos de mim foram verdadeiramente recíprocos.

Minhas palavras foram armas que destruíram e matou quem ousou duvidar. As palavras foram meus erros. E agora nada mais importa. Tudo já foi dito, feito e não tem concertos. Poderia eu ir embora, e se eu fosse qual seria minha falta?O sorriso, os abraços, as risadas, qual qualidade seria lembrada, quais defeitos iriam impor? Entendido. Sou errante. Meu Bem seja o primeiro a dizer, por que eu preciso morrer. Partir o mais rápido! As palavras que eu disse, serão jogadas ao vento afinal, e algumas apanhadas como lembranças ruins. Quero que chorem sobre meu corpo, preciso que suas lágrimas pinguem em meu rosto gélido como perdão de tudo que matei. Preciso do perdão dos meus atos covardes. Por que dizia uma música de Nelson:

“Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora” 

E se eu morrer amanhã, hoje (talvez) ou daqui alguns meses… Lembre-se de mim como uma dor, preciso que doa em alguém, preciso saber que minha falta será sentida. Só quero ser uma saudade, um buraco jamais preenchido.  Tudo Bem?

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