2 de mar. de 2012

Sua Polissemia


Digo adeus sem querer que você vá; adeus sem precisar dizer – Você já se foi – Digo adeus apenas por querer que haja uma última palavra. Qualquer despedida.
Olhar a lua e lembrar-se de ti. Ouvir uma musica que aprendi a gostar por que me lembrava você e fazer o peito apertar todas as vezes que ela tocar. É sentir saudades de como nós éramos, é sentir saudades de algumas palavras sem noções jogadas ali ou aqui. É se perde em algumas horas, e tornar delas insignificantes para todas nossas obrigações seguintes. É uma falta, uma falta de você perto e agora tão longe. Consegue pegar? São suas palavras aqui, mas como uma polissemia. Suas palavras são um grande conjunto de hipêronimos. Eu sou a polissemia. Eu sou suas palavras sem razões e cheia de significados. Nunca pertenci a um sinônimo teu.
Alguma vez, você raptou-me, mesmo não sendo essa sua intenção. Roubo-me pensamentos, e fez nascer em mim à mocinha ingênua. – Aquele que um dia acreditou que eu fosse – Brotou em mim a chama, brotou a rosa mais bela de todas. Mas ela morreu. A grande rosa desfaleceu sobre suas incompreensões. Tão mal cuidada você a despetalou. Talvez a errante, fui eu. Culpa minha apaixonar pelos errados. Os que cometiam pecados, aqueles pecados que eu julgava tão incorreto. Sempre me apaixonei pelas impurezas, por frases irônicas e descaradas, e principalmente a forma que vivia a vida. E por uma escassez de tempo, apaixonei-me novamente por alguém assim (você).
Deixei todos os sentimentos que sufocantes fez-me sentir… Aprendi amá-lo de alguma outra forma. E a falta que me faz é quase sufocante, dói meu estomago, pois ele já não tem palavras, não tem mais suas semânticas. Poderia quase te chamar de um anjo. Que me carregou, mesmo não sabendo, um anjo que fiz ouvidor dos meus constantes desabafos. Um anjo que guardei como uso para meus refúgios.
Estou tentando, mas não consigo colocar todas as palavras para dizer apenas. Adeus. A falta que você esta me causando é só o inicio dos sintomas de saudades.
É meu amigo. Amigo que eu amo muito mais do que imaginaria. Muito mais do que você pode me amar da mesma retribuição. Por que gostar de mim, sentir o mesmo zelo que tenho por ti, já não existe. (Acredito; convenço-me) E pode ser egoísmo em minha cabeça. Tornou-se quase minha rotina. Era um coração que gostava, era um coração que morava aqui. De Norte a Sul. Você ai em cima e eu aqui em baixo.
Precisando, e não tendo. Agora. Eu precisaria demais do meu refugio diante da depressão. Eu precisaria demais do meu refugio para segurar-me nas madrugadas, se frustrar nos diálogos sem respostas. Eu precisaria demais de você sendo mais um alguém a ser motivo dos meus sorrisos diários, mesmo nunca sabendo disso. Do carinho, e das frases descaradas. Talvez seja você mesmo moço, que lê esse texto. Por uma vez, apenas, eu queria entender e ouvir suas mais sérias palavras. Por que, se existe uma forma de perder alguém, por favor, faça você perde-me, sei que ia doer menos em você. Sei que os problemas – meus – as dores não chegaram aos teus ouvidos. E sinto-me uma boba, por que nunca fui capaz de dizer-lhe que eu te amo. Não o mesmo amor de todas as palavras que já te disse. É… Agora… O amor de alguém que eu prendi na minha vida, um amigo que eu acreditei que fosse crescer comigo, um amigo que eu pensei que fosse ultrapassar… Não quero mais, as conversas por obrigação, as brincadeiras sem graças. Não quero mais as mesmas coisas que para ti, já não significam nada. Não tem noção como dói saber que minha falta não será sentida, pois a sua quase me queima por dentro.
Não quero e não posso vê-lo saído da minha frustrante vida sem dizer adeus, dizer “Sim, acabou amigo”. Pois é isso, você deveria ser meu amigo. “Por que se for sumir mesmo, suma, mas diga tchau, pelo menos saberei que você realmente foi embora”. 

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