Relatos de amor: Saudades dos beijos de lua

Querido,

Meu amor, meu anjo. Todas as formas carinhosas que existem para definir alguém, sera descrita para você. Lembra daquele velho verão? Deitados sobre aquela areia branca, vendo as ondas se quebrando, e aquela lua nos iluminando na noite sem luz. A noite tão bonita e perfeita com você do meu lado. Aquela lua me lembra você, não importa a distancia sempre estará entre-nos... Eu e você, juntos a olhando. Será que você sente a mesma saudade que eu sinto daquela noite? Saudade daqueles beijos calorosos e dos toques? Sente falta da intensidade da pele, dos olhares sobre ao outro? Ah, mesmo na escuridão eu podia vê-los sorrirem para mim. 

Ninguém mais terá o mesmo efeito sobre minhas pernas, pelo menos acredito que não, e assim espero. Tão único e tão exato você sempre foi para meu coração. Agora essas milhas de distancias nos separam, nos tornam inúteis e apavorados. Me torna esse poço de insegura, essa duvidas e desconfianças na mente, já não sei o que pensar. E se algum dia alguém me disse que a distancia nos faz perceber quem a gente ama de verdade ou que não é necessário tocar para amar ou aquele conselho "confie no coração daquela pessoa que ela fará o mesmo por você". É difícil falar, para aqueles que são apenas espectadores.

Se eu não lhe conhecesse tão bem, eu jamais teria coragem de deixar você partir. Não consigo, não tem como dizer adeus para você, dizer adeus para teus toques, para as histórias, o nosso próprio conto. Não dá para passar a página, e termina o livro, e deixar só nas lembranças as formas incríveis de me fazer sentir única e maravilhosa, pela forma que me fazia sorrir e como sabia me animar quando o meu dia se tornava escuro e tudo que eu queria era me afundar em mim mesma. Você esteve aqui e me ajudou a fechar essa cova, tornou-se ela uma terra qualquer. Sempre esteve aqui, muito além de um companheiro tornou-se o meu melhor amigo. Se tornar meu tudo. Meu clichê mais perfeito. 

Eu com minha mania de fazer das pessoas minhas razões. Vivendo por elas, em vez de mim. Talvez essas sejam a consequência do amor, nos entregamos sem saber, nos entregamos com os olhos vendados, deixando que o coração nos guie. Quem será eu sozinha nessa praia, perdida dentro das lembranças, dentro das saudades da sua boca; com saudades do abdome; dos seus braços, de cada canto teu; cada canto que me pertence. Eu sei. Vivendo nessa insegurança, vivendo nesse medo de que um dia eu poderia perder-lo para alguém melhor do que eu, que poderia deixar até de amar-me. Seria capaz de fazer isso comigo? Diga que não, seria impossível viver com qualquer indecisão sua. Pare e deixe essa solidão ir embora, volte e me tire dessa cova novamente, mesmo o causador sendo você desta vez, mesmo o masoquismo me consumindo, volte e faça a promessa de não me deixar nunca mais. Nunca mais diga que é incapaz, pois sem você eu não sei o que seria, pois até a morte me caberia melhor. Não existe vida, não existem razões que torne meu mundo melhor sem você nele.

Já que é meu clichê, ai vai outro: Você foi embora com meu coração. Vai indo embora com as lembranças, me deixando na noite tão amarga e gelada com as lágrimas do meu rosto, mas não tão machucadas quanto a ferida que deixou dentro do meu peito. Novamente estou aqui, com as ondas do mar... E lá se vão elas, se quebrando, e a lua é tudo que nos restou, você lá e eu aqui, e por um momento pude te sentir me esquentar novamente, pude sentir seu toque... Passou tão rápido que quase acreditei que fosse real, mais foi só um sonho, um sonho das minhas alucinações. Uma saudade, uma saudade qualquer para você. Um amor eterno para mim, um amor que parece nunca ter acontecido...

Sinto sua falta amor. Volte para mim. Cure esse buraco que abre no peito, que queima e me destrói cada dia.

“Nunca mais, me deixe, pois essa dor é tão forte.”