19 de fev. de 2012

Enterrada Viva

Ando em estradas tortas, estradas que não parecem estradas. Um tanto quanto nebulosas, e doloridas, que chegam a machucar a alma. O coração chora, o coração não tem vontades, e com tanto esforço ainda bate, bate pouco... cada vez mais lento. Vou deixando, vou caminhando, afinal, vou levando até ver onde meus pés descalços com calos aguentam. E está decidido, irei andando, fazendo-me de forte, sendo forte, por que se eu cair vai ser o fim, ficarei sobre o a friagem daquele chão esperando qualquer recompensa da morte passar e levar-me. Chega de levantar, cair e caminhar por uma estrada que nunca tem resultados, nem uma fração de luz, nenhuma casinha, apenas esses calos e a roupa rasgada que me veja nua. Apenas a esperança enterrada, e algumas lágrimas na tentativa de purificar a alma.

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